Dom Miguel da Madre de Deus da Cruz

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4º Bispo Diocesano (1793)

 

BIOGRAFIA

Nascido em 08 de maio de 1739, na cidade de Moncorvo (Portugal).

 

PRESBITERADO

Frade franciscano, foi ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1763.

 

EPISCOPADO

Dom frei Miguel da Madre de Deus da Cruz teve sua nomeação decretada no reinado de dona Maria I, para ser o quarto bispo da diocese de São Paulo. A nomeação do bispo, foi confirmada pela bula papal de Pio VI, em 17 de dezembro de 1793. O bispo foi sagrado no dia 29 de abril de 1792. Foi sagrante dom Domingos da Encarnação Pontevel, bispo de Mariana.

Alegando problemas de saúde, dom frei Miguel da Madre de Deus da Cruz não aceitou assumir o bispado de São Paulo, causando a maior vacância da história da Igreja de São Paulo (quase 7 anos). Permanecendo em Lisboa, onde foi elevado a arcebispo de Braga, até seu falecimento, em 20 de agosto de 1827.

Para sua vaga foi nomeado o vigário capitular cônego doutor Antônio José de Abreu, para o período de 22 de outubro de 1789 a 13 de março de 1794. Desistindo da vaga, assumiu em seu lugar o arcipreste Paulo de Souza Rocha, que permaneceu no cargo até a chegada de dom Mateus de Abreu Pereira, que de Portugal o incumbiu de tomar posse em seu lugar até a sua chegada à diocese de São Paulo.

 

BRASÃO

 

Descrição: Escudo eclesiástico, partido: o 1º de blau,com um braço humano vestido de sable, movente do flanco dextro, e outro de carnação, movente do flanco senestro, passados em aspa e com ambas as mãos chagadas de goles, encimados de uma cruz latina de jalde,tendo em ponta uma rocha de argente – Armas da Ordem Franciscana; o 2º cortado: sendo I: de jalde com cinco flores-de-lis de goles,postas em sautor e um chefe do segundo, carregado de uma cruz florenciada e vazia do primeiro - armas dos Rodrigues; II de goles com um leão de argente, bordadura de blau carregada de oito aspas de jalde - Armas modificadas da família Leão. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de ouro, com um coronel de visconde, entre uma mitra de prata adornada de ouro, à dextra, e de um báculo do mesmo, a senestra, para onde se acha voltado. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico com seus cordões em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo de verde. Mais tarde, quando arcebispo, foram-lhe acrescentados: mais quatro borlas verdes em cada cordão, o pálio e mais um traço na cruz.

Interpretação: O escudo obedece as regras heráldicas para os eclesiásticos. Os campos representam as armas da família religiosa e da família materna do bispo, nascido da nobreza lusitana. No 1º, a cor blau (azul) representa o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza; os braços representam os membros de Nosso Senhor Jesus Cristo e de São Francisco de Assis, na recepção das chagas; a cruz é o sinal da fé cristã e da salvação, e seu metal, jalde, (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. No 2º, o campo goles(vermelho) simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do bispo, bem como valor e socorro aos necessitados, o metal jalde (ouro) tem o significado já descrito acima, a cor blau (azul) tem o significado também acima descrito, e o metal argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloquência, virtudes essenciais num sacerdote