Arquidiocese celebra o início da Quaresma e abre Campanha da Fraternidade 2015

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<p>Cardeal Odilo Scherer presidiu missa com imposição das cinzas na Catedral da Sé e lançou a Campanha da Fraternidade na Arquidiocese</p>
Publicado em: 18/02/2015 - 22:30
Créditos: Reportagem

Por Fernando Geronazzo

Com a Igreja no mundo todo, a Arquidiocese de São Paulo iniciou o Tempo da Quaresma nesta Quarta-feira de Cinzas, 18, com celebrações em todas as paróquias em comunidades, com destaque para a missa presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo. Na celebração houve o tradicional rito penitencial de imposição das cinzas sobre os fiéis que lotaram a Catedral.

No Brasil, a data também marca o lançamento da Campanha da Fraternidade (CF) que em 2015 tem como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, com o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45).

A celebração foi concelebrada pelos bispos auxiliares da Arquidiocese Dom Eduardo Vieira dos Santos, vigário episcopal para a Região Sé, e Dom Carlos Lema Garcia, vigário episcopal para a Educação e a Universidade, além de vários padres.

Tempo de expectativa especial

O Cardeal Scherer começou a homilia ressaltando que, ao contrário do que algumas pessoas possam pensar, a Quaresma não é um tempo triste. “O Tempo da Quaresma, sendo um tempo de penitência, não é um tempo de tristeza. É tempo de uma expectativa toda especial , de preparação para a grande festa da Igreja, a grande festa da nossa fé, que é a Páscoa”. 

“Nós, cristãos católicos, precisamos recuperar mais o significado da Quaresma que nos coloca dentro da perspectiva de um caminho a fazer para alcançar uma grande meta, no nosso caso, a celebração do centro da nossa fé, que é a páscoa de Jesus, que nos envolve inteiramente na nossa vida cristã”, acrescentou o Arcebispo.

Dom Odilo recordou que para este tempo de preparação a Igreja propõe um período de purificação, penitência, conversão e, por isso mesmo, voltar os olhares de maneira especial para Deus, um tempo de purificação, conversão. Essa purificação, enfatizou o Cardeal acontece em primeiro lugar por meio da escuta da palavra de Deus. “A Palavra de Deus que nos indica como e o que em nossa vida precisa mudar, converter, purificar. Eu proponho que todos os dias da Quaresma leiamos um trecho da Palavra de Deus”.

O período quaresmal, como enfatizou o Arcebispo, é um tempo de mais intensa procura de Deus mediante a oração. “Nesse sentido, a oração nos ajuda justamente a nos voltarmos para Deus, a o reconhecermos [...]. A oração nos faz buscar a Deus sinceramente, humildemente, dobrar cabeça, o pescoço, os joelhos diante de Deus, são expressões usadas pelos profetas, usadas também por Jesus para mostrar o nosso reconhecimento de Deus. Levar Deus a sério na nossa vida”, exortou.

O terceiro aspecto proposto para a Quaresma, lembrou Dom Odilo é o “amadurecimento na vida cristã”. “Não basta ter recebido a vida cristã na fé como uma semente. É preciso que essa semente germine, cresça, produza flores, frutos. E o que é o fruto da nossa fé que recebemos no Batismo? São as boas obras da fé da esperança e da caridade”, explicou, recordando que a mensagem do Papa Francisco para esta Quaresma é um “claro ‘não’ à indiferença e um ‘sim’ à fraternidade”. “A indiferença é o fechamento diante do sofrimento dos outros. É preciso superar a indiferença, não acharmos que somos os únicos neste mundo, ter, por isso mesmo, um coração voltado para o próximo”, afirmou, referindo-se também à CF 2015.

No final da celebração, Dom Odilo e o Padre Manoel Quinta, responsável por acompanhar a Campanha na Arquidiocese, entregaram o Texto-Base da CF-2015 a representantes das regiões episcopais.

 

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