Cardeal Odilo Pedro Scherer ordena 10 diáconos e pede orações pelas vocações

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“Os diáconos são ordenados para os serviços do altar, da Palavra de Deus e da caridade”
Publicado em: 20/12/2023 - 16:15
Créditos: Redação

 

“Enviai sobre eles, Senhor, nós vos pedimos, o Espírito Santo que os fortaleça com os sete dons de vossa graça, a fim de que exerçam com fidelidade o seu ministério. Resplandeçam neles as virtudes evangélicas: o amor sincero, a solicitude para com os enfermos e os pobres, a autoridade discreta, a simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito. Brilhem em suas condutas os vossos mandamentos, para que o exemplo de suas vidas despertem a imitação de vosso povo e, guiando-se por uma consciência reta, permaneçam firmes e estáveis no Cristo. Assim, imitando na terra vosso Filho, que não veio para ser servido, mas para servir, possam reinar com Ele no céu”.

Este trecho da prece de ordenação, feita pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na tarde do sábado, 16, após impor as mãos e ordenar dez diáconos para a Igreja, sintetiza o ministério por eles recebido.

Perante a assembleia de fiéis que lotou a Catedral da Sé, o Arcebispo Metropolitano conferiu o primeiro grau do sacramento da Ordem a Douglas da Silva Gonzaga e José Cícero Teotônio da Silva, do Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição; a Francisco Osmar Cáceres Peña, do Seminário Missionário Arquidiocesano Internacional Redemptoris Mater São Paulo Apóstolo; aos frades da Ordem de Santo Agostinho (OSA) Cícero Antônio Gomes Vieira, Henrique Halison Silva Batista, Pedro Higo Silva Nascimento e João Marcos Pontes Borba Filho; e aos senhores Nelson Marques, Ronaldo Contin Della Nina e Wagner Gomes Coelho, estes como diáconos permanentes, após terem se preparado na Escola Diaconal Arquidiocesana São José.

AS 3 DIMENSÕES DO DIACONATO

Dom Odilo, na homilia, ressaltou que a ordenação diaconal é a confirmação que a Igreja dá, invocando o dom do Espírito Santo, aos que foram chamados por Deus e que bem se prepararam para exercer este ministério, como servidores em três dimensões: “Os diáconos são ordenados para os serviços do altar, da Palavra de Deus e da caridade”, enfatizou.

Ao recordar a instituição do diaconato pelos apóstolos, o Arcebispo lembrou os requisitos de quem irá receber este ministério: que sejam homens íntegros, cheios de sabedoria do Evangelho e da fé, e que estejam disponíveis para cuidar dos mais necessitados. Nesse sentido, compete aos diáconos – lembrou Dom Odilo – ajudar na liturgia, também preparando o povo para bem celebrá-la; servir na pregação e no ensino da Palavra de Deus; e realizar o serviço da caridade, especialmente em favor dos pobres e doentes.

UNIDOS A CRISTO E À IGREJA

O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, com a apresentação dos candidatos ao diaconato, chamados por seus formadores, os quais confirmaram diante do Arcebispo que eles são dignos para exercer o ministério.

Após a homilia, o rito teve sequência com o propósito dos eleitos, quando cada um dos candidatos manifestou publicamente as exigências deste ministério: ser consagrado ao serviço da Igreja; desempenhar, com humildade e amor, o ministério diaconal como colaborador da ordem sacerdotal; guardar o mistério da fé e proclamá-la por palavras e atos; guardar para sempre o celibato (o que não se aplica aos diáconos permanentes); perseverar e progredir no espírito de oração; e imitar sempre o exemplo de Cristo.

Depois, cada um ajoelhou-se diante do Arcebispo e prometeu-lhe respeito e obediência, bem como a seus sucessores. O rito prosseguiu com a Ladainha de Todos os Santos, entoada com os candidatos prostrados em frente ao presbitério.

Passou-se, então, ao momento central da ordenação: a imposição das mãos do Arcebispo sobre a cabeça de cada um dos eleitos, seguida da prece de ordenação, na qual se pede a Deus a efusão do Espírito Santo e de seus dons aos que serão ordenados.

Em seguida, estando de frente à assembleia de fiéis, cada um dos novos diáconos foi revestido com a estola e a dalmática. De volta ao presbitério, eles receberam do Arcebispo o livro dos Evangelhos: “Transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar o que ensinares”, disse-lhes Dom Odilo.

A conclusão do rito foi com o abraço da paz aos neodiáconos, primeiro de Dom Odilo e depois dos bispos auxiliares e dos padres concelebrantes, entre eles o Frei Maurício Manosso Rocha, Provincial da Ordem de Santo Agostinho.

GRATIDÃO E ORAÇÕES PELAS VOCAÇÕES

Já ordenados, os dez novos diáconos ajudaram no serviço da altar da missa e deram a comunhão aos fiéis.

Ao final, o Diácono seminarista José Cícero Teotônio da Silva, o Diácono agostiniano Frei Cícero Antonio Gomes Vieira e o Diácono permanente Wagner Gomes Coelho agradeceram, em nome dos demais, ao Arcebispo por ordená-los e sempre zelar pelas vocações; aos próprios familiares pelo permanente apoio; aos formadores; às paróquias pelas quais já passaram, e a todo o povo de Deus.

“Confiamos naquela que soube ser discípula, nossa Mãe Imaculada Conceição, e na força do profetismo de João Batista, que anuncia ‘Ele está no meio de nós’. Rezem por nós”, expressou o Diácono seminarista José Cícero.

“Que a santíssima Virgem Maria esteja sempre ao nosso lado, nos proteja e nos ensine a fazer a vontade de seu amado filho”, desejou o Diácono permanente Wagner Gomes.

Antes da bênção final, Dom Odilo pediu aos fiéis que continuem a rezar pelas vocações, especialmente perante um ambiente cultural que não tem sido favorável ao despertar vocacional: “É importante que rezemos, que peçamos, que valorizemos as vocações, que apoiemos os seminários. Também os sacerdotes e religiosos precisam de apoio e oração de toda a comunidade. Deus os chama para servir o povo em Seu nome e para testemunhar e anunciar o Evangelho”.

Oportunamente, haverá a divulgação das regiões episcopais nas quais os diáconos seminaristas e os diáconos permanentes exercerão seu ministério.

CLIQUE AQUI E CONHEÇA MAIS SOBRE OS 10 DIÁCONOS

DIÁCONOS SEMINARISTAS

Douglas da Silva Gonzaga, 25 
‘Por causa do Evangelho’(2Tm 2,3)

José Cícero Teotônio da Silva, 41
‘O Senhor fez em mim maravilhas’ (Lc 1,49) 

Francisco Osmar Cáceres Peña, 32
‘Pois, quando eu mesinto fraco, é então que sou forte’ (2Cor 12,10)

DIÁCONOS PERMANENTES

Nelson Marques, 68
‘É preciso que Ele cresça e eu diminua’ (Jo 3,30)

Ronaldo Contin Della Nina, 49 
‘Se alguém quer servir a mim, que me siga. E onde eu estiver, aí também estará o meu servo’ (Jo 12,26)

Wagner Gomes Coelho, 54 
‘Ainda que eu falasse a língua dos anjos, se não tiver amor, nada sou’ (1Cor 13,1)

DIÁCONOS AGOSTINIANOS

Frei Cícero Antônio Gomes Vieira, 29
‘A caridade jamais acabará’ (1Cor 13,8)

Frei Henrique Halison Silva Batista, 32
‘A caridade jamais acabará’ (1Cor 13,8)

Frei João Marcos Pontes Borba Filho, 26
‘A caridade jamais acabará’ (1Cor 13,8)

Frei Pedro Higo Silva Nascimento, 25
‘A caridade jamais acabará’ (1Cor 13,8)