Mais de mil ministros extraordinários da Sagrada Comunhão são enviados ao apostolado na Lapa

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‘Exerçam o ministério com alegria, deixem transparecer o rosto de Cristo, cativem as pessoas com seu testemunho e vivam intensamente o seu ministério’, exortou Dom José Benedito
Publicado em: 04/08/2023 - 18:00
Créditos: Redação

O ginásio de esportes anexo à Paróquia São João Bosco, na Região Lapa, esteve lotado na tarde do domingo, 30 de julho, para a celebração em que 1.087 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC) foram provisionados e enviados para o apostolado nas paróquias dos cinco setores pastorais da Região: Pirituba, Rio Pequeno, Butantã, Lapa e Leopoldina.

A Eucaristia foi presidida por Dom José Benedito, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, tendo entre os concelebrantes o Padre Ernandes Alves da Silva Júnior, Assistente Eclesiástico dos MESCs da Região Lapa.

COMUNHÃO E UNIDADE

Na homilia, Dom José Benedito enfatizou que os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão são escolhidos por Deus para um ministério de serviço gratuito e generoso, exercido nas paróquias e comunidades.

“Exerçam o ministério com alegria, deixem transparecer o rosto de Cristo, cativem as pessoas com seu testemunho e vivam intensamente o seu ministério”, exortou.

O Bispo Auxiliar recordou que a celebração é um marco para a Região Episcopal por reunir pela primeira vez todos os ministros extraordinários: “Este é um apelo do sínodo arquidiocesano de caminharmos em comunhão e unidade com a nossa Arquidiocese. Hoje, juntos, celebramos também a unidade e fraternidade da nossa Região Episcopal”.

LEVAR CRISTO ÀS PESSOAS

Benigno Naveira, coordenador regional dos MESCs, afirmou que “o ministro extraordinário da Sagrada Comunhão é um leigo a quem é dada a permissão, de forma temporária ou permanente, de levar a Eucaristia para aqueles que se encontram impossibilitados de participar fisicamente da comunidade”. Eles também colaboram com a distribuição da Eucaristia nas missas e celebrações da Palavra; zelam pelos objetos litúrgicos, o sacrário e a reserva eucarística.

“Os ministros devem ser pessoas idôneas e com boa prática cristã. O processo formativo é marcado por um itinerário de encontros que aprofundam vários temas, entre os quais, formação litúrgica e doutrinal, espiritualidade, oração entre outros. No fim da formação, são admitidos pelo bispo às funções em uma celebração litúrgica”, explicou Naveira, detalhando que deste grupo de mais de mil MESCs, 350 são novos.

SERVIR COM AMOR

Nathalia Lopes de Souza Sendarsic, 24, da Paróquia São Francisco, Setor Butantã, foi uma das ministras a recentemente receber a investidura do ministério. “Ser ministra é para mim a confirmação do chamado de Deus que me trouxe de volta à vivência comunitária. Acolho esta missão com o desejo de levar o Evangelho e Jesus Cristo às pessoas”, disse.

Thais de Cassia Passiano Cavalcante, 43, e Rogério da Fonseca Cavalcante, 37, da Paróquia São José, Setor Rio Pequeno, são casados e pais da Lorena, 7. Eles ressaltaram que decidiram ser ministros para testemunhar o amor de Deus na família.

“Fomos provisionados como ministros da Sagrada Comunhão com a nobre missão de levar Cristo às pessoas. Como casal, nossa expectativa é reforçar que a missão da família é também atuar na dinâmica pastoral e paroquial”, afirmaram.

Ciro Barbieri Cunha, 58, é ministro extraordinário da Sagrada Comunhão na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Setor Leopoldina. “Ser ministro é ser como uma vela que se queima silenciosa e que produz no silêncio e no anonimato os frutos de fé, esperança, amor e conversão. São muitas vidas transformadas a começar pela nossa, de nossas famílias e das pessoas as quais conhecemos, graças ao ministério que não é um serviço, mas um ato de estar a serviço”, disse o homem que atua há 19 anos no ministério.

Maria Helena Tavares de Pinho Tendo Soares, 56, é MESC na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Setor Butantã. Ela está neste apostolado há 13 anos. “Ser ministro é ser presença de Cristo em todos os lugares, não só na Igreja, mas, sobretudo, na família, no ambiente de trabalho. É comunicar a alegria de servir a Cristo e a Igreja no amor e na gratuidade”.

A INSTITUIÇÃO DOS MESCs

Na instrução Fidei custos, publicada por São Paulo VI, em 30 de abril de 1969, foram constituídos os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão;

A instrução Immensae caritati, publicada por São Paulo VI em 29 de janeiro de 1973, dispôs sobre vários pontos deste ministério; De acordo com o Código de Direito Canônico (cân 230, §3): “Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros, mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de seus ofícios, a saber, exercer o ministério da palavra, presidir as orações litúrgicas, administrar o batismo e distribuir a Sagrada Comunhão, de acordo com as prescrições do direito”.

PRINCIPAIS FUNÇÕES

Distribuir a Comunhão na missa, e fora da missa, aos doentes nas casas ou hospitais;
Administração do viático; 
Exposição do Santíssimo Sacramento para adoração dos fiéis (mas não a bênção com ele), em situações específicas;
Presidir a celebração da Palavra quando houver necessidade;
Ser animador da comunidade conforme orientação do pároco (Exemplo: Vias-Sacras, Novenas, Terços etc.);
Colaborar com a equipe de Liturgia nas reuniões e nas ações litúrgicas.