Orlândia, 10 de dezembro de 2014.

“Foi em Cristo que Deus Pai nos escolheu, já bem antes de o
mundo ser criado, para sermos santos e irrepreensíveis
diante dele no amor” (Ef 1, 4).

Com temor e alegria, recebi o chamado do Sucessor de Pedro, Papa Francisco, para o ministério episcopal. O temor me faz pensar em minhas fraquezas. Mas com alegria, recordo a graça de Deus presente em minha vida. Ao longo do meu ministério presbiteral pude experimentar a fidelidade e o amor de Deus, e por isso confio principalmente Nele, como meu auxilio na nova missão.

Venho de uma família simples, e também de uma Igreja simples, mas viva e vibrante na fé, e reconheço que, aquilo que é novo causa impacto e surpresa, simplesmente por ser desconhecido. De minha parte recebo tudo como novidade, o ministério episcopal e também a Arquidiocese de São Paulo. Mas também penso que nesse caso, o novo é um convite à missão.

No exercício do meu ministério episcopal espero e sei que posso esperar a ajuda dos irmãos no episcopado, no presbiterado, no diaconado e a presença fraterna dos religiosos, religiosas e de todo o povo fiel de Deus. Quanto a Igreja Arquidiocesana, espero, antes de mais nada, conhecer sua história a partir de dentro, para amar e poder servir bem ao povo de Deus.

Desde já, suplico a oração de todos por mim e pelo meu ministério, pois já tenho rezado por aqueles que ainda não conheço, mas que vou conhecer. Sem dúvida a oração é a força que nos impele na vida cristã e na comunhão.

Confio também meu ministério, e toda a minha vida à proteção e intercessão do Bem Aventurado São José, da Virgem Maria, a Imaculada Conceição e do Apóstolo São Paulo, o Apóstolo das Gentes, que buscou fazer de sua vida um compromisso e um testemunho do Evangelho de Jesus Cristo.

Agradeço ao Senhor Cardeal, Dom Odilo Pedro Scherer, pela acolhida e pelas palavras de ânimo e exortação. Reitero que, do mesmo modo como tenho exercido meu ministério presbiteral, na comunhão e servindo no limite de minhas capacidades, com simplicidade desejo continuar a servir a Igreja.

Assim, que Deus me ajude.

Pe. Devair Araújo da Fonseca