O desafio da educação segundo Papa Francisco

A A
Para o Papa Francisco é importante “o acolhimento da diversidade” e que as diferenças devem ser consideradas como desafios
Publicado em: 31/08/2018 - 16:30
Créditos: Redação

“O desafio da educação sempre ocupou um lugar central no pensamento do atual Pontífice”. Assim inicia uma longa matéria do padre Antonio Spadaro na última edição da revista dos jesuítas Civiltà Cattolica intitulada: “Sete pilares da educação segundo Jorge Mario Bergoglio”. Padre Spadaro escreve sobre o pensamento e a ação educadora do Pontífice na época que morava na Argentina como pastor e bispo em Buenos Aires. Os sete elementos fundamentais identificados pelo jesuíta são: 1) educar é integrar 2) acolher e respeitar as diversidades 3) enfrentar a mudança antropológica 4) a importância da inquietação como motor educativo 5) a pedagogia da pergunta 6) conhecer os próprios limites 7) viver uma fecundidade generativa e familiar.

A ação educacional amplia os horizontes

Ao lado destes sete pontos, o diretor da Civiltà Cattolica encontra também “palavras chave” que caracterizam a educação: “escolha, exigência e paixão”. Porém para o jesuíta há “uma expressão extremamente sintética que Bergoglio escreveu aos educadores para relançar a ação educacional: “Educar é uma das artes mais apaixonantes da existência e requer incessantemente que se ampliem os horizontes”. Na matéria, também é recordado que “a educação não é um fato exclusivamente individual, mas popular” e que “Bergoglio sempre considerou a escola como um importante meio de integração social”.

Educadores audaciosos e criativos

Para o Papa Francisco é também importante “o acolhimento da diversidade” e que as diferenças devem ser consideradas como “desafios, mas desafios positivos, não problemas”. O desafio educativo, segundo Bergoglio, está ligado “ao desafio antroplógico”. Por isso, escreve Spadaro, “não se pode fingir que não se vê”. Outro tema presente nos pilares educativos de Bergoglio é “a inquietação entendida como motor de educação”. Por isso “o apelo aos educadores para que sejam audaciosos e criativos” e para que nunca se tornem “funcionários fundamentalistas ligados à rigidez de planificações”. Enfim, anota Antonio Spadaro, para Francisco “a educação não é uma técnica, mas uma fecundidade generativa”, “a educação é um fato familiar que implica a relação entre as gerações e a narração de uma experiência”.