‘As ovelhas precisam de pastores que mostrem a misericórdia de Deus’

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Para neo-sacerdote da Arquidiocese, servir ao povo é um ‘combustível’ para sua vocação
Publicado em: 28/12/2018 - 12:15
Créditos: Redação

Padre Maycon Wesley da Silva, 32, for ordenado presbítero no dia 8, pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. Natural de Maringá (PR) o jovem sacerdote falou ao O SÃO PAULO sobre sua caminhada vocacional e início do ministério.

“Eu nasci em uma família muito católica e participava do grupo de jovens de minha paróquia. Eu namorava e estava quase noivo, pretendia estudar medicina, fui militar, mas sempre que ia à Igreja sentia faltava algo dentro de mim e eu não sabia o que era”, contou o Padre.

DEIXAR TUDO

Sua inquietação começou a ter resposta quando, em certa ocasião, ele procurou um sacerdote para se confessar e foi questionado se já havia pensado em ser padre.  “Então, eu participei do encontro vocacional e descobri que Deus me chamava ao sacerdócio. abandonei tudo, deixei família, parentes, namorada e embarquei nessa aventura com Deus”, relatou o jovem que, aos 18 anos, ingressou na Comunidade Aliança de Misericórdia, onde ficou 14 anos. 

Na Comunidade, Maycon amadureceu sua vocação para o sacerdócio até que, em 2016, foi ordenado diácono. Nesse período ele iniciou o discernimento para deixar a Comunidade e exercer seu ministério em alguma paróquia da Arquidiocese, o que fez em 2017, sendo designado para a Paróquia Bom Pastor, na Região Brasilândia. 

PASTORAL

Segundo o Padre Maycon Wesley, a Paróquia Bom Pastor foi o lugar onde ele pôde contemplar a necessidade dos fiéis por um pastor que caminhe com eles. “Eu percebi que as ovelhas precisam cada vez mais de pastores que as conduzam, ajudando-as a mostrar o caminho seguro, o rosto do Pai e a misericórdia de Deus. Isso é o combustível da minha vocação”, afirmou.

Como os demais diáconos da arquidiocese em preparação para o sacerdócio, Maycon fez uma experiência missionária de dois meses. Ele esteve em uma paróquia da Diocese de Marabá (PA) com 45 capelas e um único padre. “Uma experiência que me marcou muito foi quando visitei uma comunidade em que um senhor me disse: ‘Que saudade de ter um padre aqui! Faz seis meses que não temos Eucaristia”, compartilhou. 

SÍNODO

O Neo-sacerdote considera uma graça ser ordenado durante a realização do sínodo arquidiocesano de São Paulo, período que, segundo ele, a Igreja está aberta para uma renovação pastoral. “Nesse sentido, eu quero contribuir com a Igreja naquilo que ela me pedir”.