Palavra do Bispo dom Julio Endi Akamine – 05/07/2013
Queridas e queridos amigo(a)s, quero inaugurar este espaço para uma série de conversas dedicadas ao estudo do Catecismo da Igreja Católica, estamos no Ano da Fé e convido vocês, leitores assíduos do Jornal O São Paulo, para começar refletindo brevemente sobre a elaboração do Catecismo da Igreja Católica.
O Catecismo da Igreja Católica foi publicado no dia 11 de outubro de 1992 pelo Beato Papa João Paulo II. Mas ele começou a ser escrito muito tempo antes. Já em 1985, a assembléia extraordinária do Sínodo dos bispos solicitou ao Papa que fosse redigido um Catecismo que servisse como um ponto de referência para uma catequese renovada.
O Papa João Paulo II acolheu com carinho essa solicitação e tomou a resolução corajosa de publicar um novo Catecismo. Tratava-se de uma decisão realmente corajosa. O Beato João Paulo II constituiu a uma Comissão de doze Cardeais e Bispos. Esta comissão era presidida pelo entãoCardeal Joseph Ratzinger que depois se tornou o Papa Bento XVI.
De fato, a publicação do atual Catecismo é um milagre de colaboração. Foram os bispos do mundo inteiro, vivendo em lugares muito diferentes e com a colaboração de numerosos teólogos, exegetas e catequistas, que escreveram juntos o Catecismo. Foram seis anos de trabalho duro e intenso. A comissão de redação elaborou ao longo desses seis anos nove sucessivas composições.
O Catecismo mostra o que a Igreja crê e como alguém pode crer razoavelmente. Este é um livro cativante porque nos fala do nosso destino, da nossa origem, da nossa identidade, fala do que Deus quer de nós, do desígnio que Ele tem para nós. Muita coisa pode ser até criticada, mas o catecismo é uma obra prima: ele testemunha a unidade na diversidade, testemunha o sadio pluralismo convergente da nossa Igreja, ele recolhe numerosas vozes para constituir com elas e a partir delas um coro comum. Um coro que segue uma partitura que é a fé dos Apóstolos.
