Somos chamados a cooperar, com todos os meios para a Salvação do Mundo

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29/01/2014 - 00:00

Querido Leitor do Jornal O São Paulo, no dia 22 de janeiro a Igreja celebrou São Vicente Pallotti, fundador da Sociedade do Apostolado Católico (Congregação Palotina). Nascido em Roma no dia 21 de abril de 1795 e falecido em santidade no dia 22 de janeiro de 1850. Com sua profunda vida espiritual, suas múltiplas atividades apostólicas e a realização profética do apostolado, influiu de modo relevante na história da Igreja do século XIX.

A experiência de Deus, Amor Infinito, abriu os olhos de Vicente às necessidades da Igreja do seu tempo e o estimulou a oferecer respostas. No dia 9 de janeiro de 1835, o Espírito Santo o fez intuir uma obra em que os batizados participam da missão da Igreja enquanto se unem e cooperam na realização de um objetivo comum. Vicente Pallotti exprimiu essa sua intuição: “O apostolado, isto é, universal, como pode ser comum a toda classe de pessoas, é fazer o que cada um pode e deve fazê-lo para a maior glória de Deus e para a salvação própria e a do outro”.

A União do Apostolado Católico já no seu primeiro núcleo era constituída por sacerdotes, religiosos e fiéis leigos. Hoje a União conserva substancialmente a mesma fisionomia e permanece aberta a todos os membros do Povo de Deus, porque o seu fim é o de chamar todos, de fazer cooperar todos, com todos os meios para a salvação do mundo.

Segundo Pallotti, a unidade da União (perdão pelo pleonasmo!) se fundava sobre o empenho de amor vivido e de zelo apostólico; por isso o seu vínculo era antes de tudo acaridade. Alma, motor e substancial constitutivo de toda a União do Apostolado Católico é o espírito da mais perfeita caridade.

O corpo místico de Cristo (Igreja) nos ajuda a entender o que significa caridade como substancial constitutivo da União.

Os membros são muitos e diversos, os dons são diferentes, mas um só é o corpo de Cristo. O hino à caridade ressoa como um convite urgente. Paulo disse aos coríntios e diz hoje de novo: “Ensinarei a via melhor”. O esplêndido hino à caridade suscita a nossa admiração, o nosso entusiasmo e também um profundo sentimento de reconhecimento e de agradecimento. Devemos, com efeito, agradecer porque esse texto existe e nos apresenta um ideal tão belo, o mais belo que a nossa vida pode ter. E podemos também agradecer porque a caridade existe realmente entre nós (os dons de Deus são irrevogáveis) e nos dá alegria tomar consciência deles.

Hoje o convite de S. Paulo e de S. Vicente Pallotti é mais do que nunca atual: “Aspirai aos carismas melhores”. A esse convite corresponde o nosso desejo mais profundo: viver em plenitude a caridade que Deus nos deu, a Caridade que é Deus. Podemos cooperar para a salvação se amamos a caridade, se somos unidos pela caridade.

 

Artigo publicado no Jornal O São Paulo desta Semana - 27/01/2014


Somos chamados a cooperar, com todos os meios para a Salvação do Mundo