A assembleia sinodal arquidiocesana de São Paulo

No próximo sábado, 29 de fevereiro, às 15h, com solene celebração da Palavra, na Catedral da Sé, serão abertos os trabalhos do terceiro ano do sínodo arquidiocesano, com a realização da assembleia sinodal arquidiocesana.
Como entender a metodologia da assembleia sinodal arquidiocesana?
A assembleia sinodal contará com cerca de 400 participantes convocados pelo Arcebispo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, que representarão toda a porção do povo de Deus que está em São Paulo e que, em sete sessões de trabalho ao longo do ano, buscarão chegar a um conjunto consistente de propostas, para serem aplicadas na etapa pós-sinodal.
Muitos perguntam: por que a assembleia sinodal não é realizada durante um dia inteiro, visto que já percorremos dois anos (etapa paroquial e regional), nos quais foram elaboradas indicações e propostas que respondem à questão posta pelo tema do sínodo: fazer um caminho de comunhão, conversão e renovação missionária em nossa Arquidiocese?
Precisamos compreender que a assembleia sinodal arquidiocesana é também um caminho a ser percorrido em oração, discernimento e decisões, tendo à frente a pergunta: a partir do que vimos e ouvimos nestes dois anos de caminho sinodal em nossa Arquidiocese, agora, o que devemos fazer?
Cada sessão da assembleia sinodal arquidiocesana constitui um passo a ser dado neste “caminhar juntos”, para que, sob a ação do Espírito Santo, o sínodo possa frutificar na vida e missão da Igreja em São Paulo.
Tenhamos, assim, um panorama dos objetivos de cada sessão, de cada passo, da assembleia sinodal arquidiocesana:
1ª sessão (março): tem o objetivo de acolher os trabalhos anteriores do sínodo (2018 e 2019) que estão registrados nos relatórios das assembleias sinodais nas regiões episcopais e nos vicariatos ambientais, além da pesquisa de campo e do levantamento paroquial. Nessa sessão, será apresentada a questão geral, a partir da qual a assembleia deverá trabalhar.
2ª sessão (maio): tem o objetivo de lançar um olhar sobre a cidade: realidade social, econômica, cultural e religiosa do ambiente da vida e da missão da Igreja em São Paulo.
3ª sessão (junho): o seu objetivo será o de lançar um olhar conjuntural sobre a Igreja em São Paulo, no Brasil e no mundo, à luz da Palavra de Deus e do Magistério da Igreja.
4ª sessão (julho): tem o objetivo de refletir, a partir “do que vimos e ouvimos” nas sessões anteriores, sobre a questão missionária, que é a alma e a essência da vida e da missão de toda a Igreja, para elaborar propostas.
5ª sessão (setembro): nesta, serão ouvidas e refletidas, em plenário, as cinco propostas de cada uma das 23 comissões temáticas que serão formadas, a partir da 2ª sessão e trabalharão individualmente no mês de agosto, como também as propostas que virão dos setores da Arquidiocese, para a elaboração do 1º relatório geral.
6ª sessão (outubro): tem como objetivo estudar, refletir e burilar o relatório geral.
7ª sessão (novembro): tem o objetivo de apresentar em plenário o relatório geral final das propostas da assembleia sinodal arquidiocesana, com o fim de ser submetido à apreciação e ao consenso da mesma assembleia.
Procuremos dar ciência a todos sobre o caminho a ser percorrido pela assembleia sinodal arquidiocesana.

Padre José Arnaldo Juliano dos Santos – Teólogo-Perito do Sínodo Arquidiocesano