Assunção de Nossa Senhora

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22/08/2017 - 16:15

Você já se imaginou numa praça, no meio de milhões de fiéis católicos, como você, esperando gloriosamente a proclamação de uma das festas mais tradicionais e belas da Igreja? E, mais ainda, junto a você e esses milhões de fiéis, o Papa, os bispos e todo o clero? Esse Papa era Pio XII, que cheio de vigor na fé proclamou a festa do Dogma da Assunção de Nossa Senhora. Assim disse ele: “Depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e invocado as luzes do Espírito Santo, a glória de Deus Onipotente, que derramou sobre a Virgem Maria Sua especial benevolência, em honra de Seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para maior glória de Sua augusta Mãe e para a alegria e exultação de toda a santa Igreja, e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma (MS, p. 282).

Seu corpo glorificado, como o de Cristo, foi elevado ao céu. A glória para quem aqui na terra disse sim e cuidou e velou pela vida do Filho de Deus não poderia ser diferente. Nosso corpo é motivo de corrupção e nem sempre damos a ele o valor necessário. Sequer, em muitas ocasiões, o respeitamos como dom de Deus. Já Maria, tendo a mesma carne de seu filho, assegurada a sua imaculada virgindade, viveu plenamente na doçura do que Deus lhe confiou.

Maria foi a mãe do Salvador, digna de humildade e coragem e, portanto, merecedora desse desígnio de fé. E esta é, de fato, a nossa fé. Acreditamos no amor de Deus depositado em Maria, confiando-lhe o cuidado do seu filho Jesus. Acreditamos que por merecimento, Maria teve seu corpo preservado da mancha da corrupção da carne e foi, após a morte, elevada em seu corpo glorioso ao céu. E é do céu que ela intercede por nós, para que sejamos corajosos seguidores de seu exemplo e de sua fé.

Pe. Air J. Mendonça, msc

Fonte: Revista Brasil Cristão, ano 21, nº 241, agosto de 2017, p. 11