Unifai oferece bolsas para fiéis das paróquias da Arquidiocese de São Paulo

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Com 46 anos de atuação, Centro Universitário Assunção tem estreita relação com a Igreja Católica na cidade
Publicado em: 20/06/2016 - 10:15
Créditos: Redação com Jornal O SÃO PAULO

Por Edcarlos Bispo

“Unifai não é uma instituição que visa beneficiar um grupo privado, mas colocar-se a serviço da Arquidiocese e da sociedade de São Paulo como um todo”, assim define a missão da instituição o Padre Edélcio Ottaviani, doutor em Filosofia pela Université Catholique de Louvain (UCL), mestre em Teologia pela PUC-SP, reitor do Centro Universitário Assunção (Unifai) e autor do livro “Coração desnudo”.


Neste ano, o Unifai conseguiu parecer favorável de recredenciamento do Conselho Nacional da Educação. “Renovar esse credenciamento nos permite manter a nomenclatura de centro universitário e, mais ainda, nos dá autonomia acadêmica para irmos ajustando a Instituição e os cursos às demandas da sociedade”, afirmou o Reitor em entrevista ao O SÃO PAULO.

Fundado em 1970, o Unifai é uma instituição de ensino superior privada, comunitária, confessional, católica, mantida pelo Instituto Seminário Paulopolitano (Iesp), voltada para o ensino de graduação, pós-graduação e cursos tecnológicos.

Graças a um convênio com a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, no processo seletivo do 2º semestre de 2016, que vai até meados de agosto, os fiéis das paróquias da Arquidiocese que quiserem fazer graduação terão 50% de desconto nas mensalidades do primeiro ano e 35% nas mensalidades dos anos seguintes. Basta fazer download da carta de convênio que está em no site da Instituição,e levar para o pároco assinar, comprovando o vínculo do interessado com a paróquia. Há, também, parcerias com empresas privadas, com descontos de 40%, no primeiro ano, e 25%, nos anos seguintes nas mensalidades.

Centro universitário a serviço da comunidade

O Unifai possui vários projetos sociais, que são outro braço da Instituição. Nesse sentido, destaca-se o Núcleo de Práticas Jurídicas, reconhecido e fiscalizado pela OAB e pelo MEC, que atende pessoas que não têm como pagar por assistência jurídica, ao mesmo tempo em que coloca os alunos para assumirem casos reais que tramitam na Justiça.

O Centro Universitário possui ainda a Empresa Junior (JuniorFAI), que dá assessoria aos pequenos empresários ou a quem desejar empreender, e mantém projetos do curso de Pedagogia que visam identificar dificuldades de aprendizado das crianças da rede pública, com acompanhamento psicopedagógico. Trata-se de uma iniciativa que funciona há mais de 20 anos e que tem prestado serviço no que diz respeito ao processo de aprendizagem dos alunos. Outra iniciativa a pleno vapor é a da Pastoral Universitária, ligada a projetos na favela de Heliópolis, por meio do curso de Serviço Social. Recentemente, foi iniciado o curso de Língua e Cultura do Brasil para refugiados e imigrantes, em parceria com a Cáritas Arquidiocesana, Missão Paz e PUC-SP.

Com novos cursos e em crescimento

O Unifai tem tradição em Biblioteconomia e agora inova com a inclusão do curso presencial de bacharelado em Arquivologia. “Com a Lei de Acesso à Informação (nº 12.527/2011), aumenta a preocupação com a transparência na gestão dos documentos, tanto em entidades públicas quanto privadas, e, assim, cresce a demanda por profissionais no gerenciamento eletrônico de documentos e gestão da informação. Embora seja uma profissão em alta, são apenas 15 cursos presenciais de Arquivologia no Brasil, a maioria em universidades federais. Nosso curso é o primeiro da cidade de São Paulo e o segundo no Estado de São Paulo. Apenas a Unesp de Marília o oferece”, afirmou Padre Edélcio.


O Unifai lança, também, cinco cursos tecnológicos, de dois anos. O nome já diz, são de formação técnica para atender às necessidades mais imediatas em gestão de Recursos Humanos, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Financeira, Marketing e Secretariado.
Atualmente, 1.270 alunos, entre graduação, pós-graduação e extensão, estudam no Unifai. Houve forte declínio no número a partir de 2010, com a entrada de grandes conglomerados enveredando pelo segmento da educação. “Sofremos com o poder desses grupos, porque têm muito dinheiro e podem ir ao mercado mais agressivamente”, afirmou o Padre Edélcio.


O Reitor salienta que os grandes grupos educacionais possuem “um perfil muito mercadológico e é justamente aí que o Unifai se diferencia”. “Eles [os grupos educacionais] conseguem colocar de 100 a 120 alunos em uma sala de aula, enquanto nossa média não passa de 40 a 50, o que nos permite um atendimento bastante diferenciado. Esses grandes grupos também não estão muito preocupados com a evasão escolar, ao passo que tentamos reter o aluno, suprir suas necessidades, suas lacunas na formação básica”, afirmou.

 

Reportagem publicada no Jornal O SÃO PAULO - edição 3106 - 15 a 21 de junho de 2016