CRP teve como tema a Pascom

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No último sábado, 01/08, a equipe da Pascom organizou a Reunião dos Coordenadores Regionais de Pastoral, com presença de Aldo Quriga, jornalista da Tv cultura e Pe. Tarcísio Mesquista
Publicado em: 03/08/2015 - 08:30
Créditos: Redação

No último sábado, 01/08, a Reunião dos Coordenadores Regionais de Pastoral (CRP), da Região Episcopal Ipiranga, teve como tema a Pascom. O grande objetivo do evento, foi apresentar a Pascom, pouco conhecida, e fazer um convite aos presentes, que participem desta pastoral.

Dom José Roberto, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, na Região Episcopal Ipiranga, iniciou o encontro com a oração do comunicador, e em seguida passou a palavra para o Aldo Quiroga, jornalista da Tv cultura, que abordou o 5º capitulo do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, “O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora”.

Com grande simpatia e interação, Aldo Quiroga, abordou o tema com muita leveza e descontração. Sinalizou a grande influência da internet em nossas vidas, e a queda da audiência dos meios de comunicação utilizados nos anos 80, como o jornal televisionado, rádio e programas de descontração proporcionados pela televisão. A internet nos proporciona hoje, todos os recursos que tínhamos nos anos 80 em apenas um clique nos dias atuais, e com uma grande agilidade e facilidade.

Entretanto, esse mar de tecnologia, pode fornecer alguns males, como o desenvolvimento da individualidade, e a dependência deste meio de comunicação. Aldo Quiroga diz que vivemos em “tempos estranhos”, que um passeio familiar, nos dias de hoje, só “conta como valido” após a selfie (palavra américa que denota autorretrato) ser tirada e postada nas redes sociais, além da ansiedade e dependência de se ter autos números de curtidas, compartilhamentos e comentários. A “cultura da selfie”, nos alerta Aldo, aumenta o individualismo e egocentrismo, de sentir a necessidade de ter inúmeras fotos próprias para publicar nas redes sociais e obter curtidas.

Aldo Quriga alertou que vivemos em tempos urgentes, para quem quer trabalhar com comunicação na igreja. Sinaliza a grande importância de valorizar esta agilidade e facilidade que a internet nos proporciona, além de conseguimos ter um grande público que utiliza desta ferramenta hoje em dia. “Nós igreja, utilizando os meios de comunicação, precisamos publicar o que deve ser publicado, sem visar o número de curtidas, comentários e compartilhamento” diz Aldo. Termina sua palestra dizendo que “comunicadores são chamados a verdade e caridade. ”

Neste evento, também teve como tema, a nova encíclica do Papa Francisco, Laudato Si. Padre Tarcísio Mesquita, coordenador Arquidiocesano de Pastoral, foi convidado para comentar um pouco sobre a encíclica aos coordenadores Regionais de Pastoral.

Padre Tarcísio menciona que que a natureza está sendo sequestrada nos últimos 200 anos, a falta de cuidado e descaso tem acabado diariamente com a natureza de nosso planeta. Menciona que na encíclica, o Papa Francisco, se refere a natureza com um grande cuidado utilizando o termo “irmã terra”, e nos convida a enxergar as questões ecológicas com o olhar da fé.

Segundo padre Tarcísio, a encíclica tem como grande base o livro do Gêneses capítulo 1 veículo 11, onde Deus entrega toda a criação ao homem, para que o homem preserve e cuide. “Laudado Si, nos convida a termos uma relação de intimidade com o meio ambiente, de cuidarmos da ‘nossa casa’” diz padre Tarcísio, mais adiante nos alerta que não somos predadores, mas que fazemos parte da criação.

Papa Francisco diz que é necessária uma mudança radical na questão do consumo. O avanço tecnológico, apesar de seu grande auxilio nos dias de hoje, também tem gerado destruição no meio ambiente, e a dificuldade de reparação da natureza. Padre Tarcísio nos alerta que a mudança só será concretizada, quando houver um desaceleramento, e que devemos eliminar a cultura do consumo e descarte enraizado em nossa sociedade.

Padre Tarcísio enfatiza que Laudato Si, não é uma encíclica verde, mas sim um documento que nos alerta das realidades sociais e ambientais, fatores que estão inteiramente interligados. Nos alerta que os que mais sofrem com a depredação, são os mais pobres. “Os que mais sofrem, são os que menos depredam” diz padre Tarcísio.

Por fim, padre Tarcísio ressalta que devemos eliminar o individualismo, que devemos não só preservar nosso lar para conforto próprio, mas que devemos pensar nas futuras gerações.

No termino do evento, padre Pedro Luiz Amorim, coordenador Regional de Pastoral, deu os avisos finais e Dom José Roberto fez a oração final.