Se me Perseguiram...

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01/06/2015 - 08:00

Se me Perseguiram...

Temos acompanhado, através dos meios de comunicação, a terrível tragédia de tantos irmãos nossos, cristãos, perseguidos e martirizados porque professam a fé em Jesus Cristo. O fato de homens e mulheres, discípulos missionários, terem sido assassinados porque cometeram o “delito” de amar, professar e anunciar Jesus Cristo, morto e ressuscitado,foi e é uma constante na caminhada da Igreja.

                Há outro martírio que acompanha a Igreja desde o seu nascimento e é muito próximo de nós que não tem como consequência imediata a morte do discípulo missionário, mas pode trazer o desalento e a perda do entusiasmo no anúncio da alegria do Evangelho e da participação na vida das Comunidades: o martírio da perseguição. Jesus já havia alertado seus discípulos sobre esta forma de martírio, quando disse: ‘O servo não é maior que o seu senhor. Se me perseguiram, perseguirão a vós também’ (Jo 15,20).

                Sofrem deste martírio milhares de discípulos missionários cheios do Espírito Santo e do amor de Deus. Homens e mulheres, de todas as idades, membros das Comunidades, os quais são perseguidos no dia a dia porque simplesmente dizem que creem em Deus, participam de uma Comunidade de fé e trabalham na ação missionária da Igreja.

                A perseguição que vem sorrateira e altamente venenosa apresenta-sede muitas maneiras: às vezes através da insistência de membros da família ou de amigos para que você deixe a missão e se dedique mais à família, aos próprios interesses para estar mais com os amigos (que amigos?); outras vezes, através de questionamentos perniciosos, como: o que você vai ganhar com isso? Ninguém pensa em você; e você, porque continua com essa atividade? Noutras ocasiões, se apresenta através da afronta, porque ao saber que você é católico de coração, participa ativamente da Igreja como pediu Jesus, critica abertamente a Igreja, as instituições das Comunidades e o seu modo de viver a fé, deixando sem palavras qualquer pessoa sensata.

O ódio do mundo e a perseguição, não significam a ausência de Deus; fazem parte da vida do discípulo missionário como fez parte da vida do Mestre. Nesta hora, é fundamental voltar os olhos e o coração para as palavras de Jesus: ‘se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia’ (Jo 15,18-19).

O mundo nos odeia, logo vai continuar no combate contra a fé, contra o anúncio missionário e contra o seu trabalho na Comunidade, mas não sairá vitorioso. Em meio às pequenas ou grandes perseguições, dos de longe ou das pessoas próximas, mantenha o pé firme na Comunidade e na missão que lhe foi confiada, porque ‘Eles vão combater contra o Cordeiro, mas o Cordeiro, Senhor dos Senhores e Rei dos reis, os vencerá, e também serão vencedores os que com ele são chamados, eleitos, fiéis’ (Ap 17,14).